Fulcanelli (1839 - fl.1953)

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
Entre os filhos da Ciência Mãe, a Alquimia, quem mais se aproximou do segredo indizível do Grande Arcano foi o Mestre Fulcanelli, porém sem atrever-se a rasgar o véu do Santuário. Esse Artifício que constitue o Secretum Secretorum, o Magnum Misterium requer a ajuda de um Agente oculto, de um fogo secreto o qual Fulcanelli apenas mencionou.

Fulcanelli é o pseudónimo de um alquimista francês contemporâneo autor de O Mistério das Catedrais 1926 e de As Mansões Filosofais 1930, duas magnificas obras de alquimia.

Fulcanelli foi o Mestre de Eugene Canseliet desde 1915. Entre 1922 e 1923, após receber o Dom de Deus, produziu a Pedra Filosofal e operou uma transmutação de 100 gramas de chumbo em ouro no laboratório da fábrica de gás de Sarcelles.

Desapareceu pouco antes da publicação do seu primeiro livro e só voltou a aparecer ao seu discípulo em 1953, na cidade espanhola de Sevilha.

O MISTÉRIO DAS CATEDRAIS:"Apresenta a Catedral fundada na Ciência Alquímica, investigadora das transformações da Substância Original (Energia Sexual) da Matéria Elemental. Pois a Virgem Mãe despojada de seu véu simbólico (o Véu de Isis), não é mais que a personificação da Substância Primitiva que empregou para realizar seus desígnios o Princípio Criador de tudo o que existe. Maria, Virgem e Mãe representa pois a Forma; o Deus Sol Pai é o emblema do espírito Vital. Da união destes dois princípios resulta a matéria viva, submetida às vicissitudes das Leis de Mutação e Continuidade. Surge então Jesus, o Espírito Encarnado, o fogo que toma corpo nas coisas; tal como conhecemos: “E o Verbo se fez Carne e habitou entre nós.” (Mistérios das Catedrais, pág. 85)."





"Fulcanelli, é o pseudónimo de Jean-Julien Champagne. Naquela época, como já foi referido ele frequentava também a Livraria do Maravilhoso, propriedade de Pierre Dujols, onde se reunia um grupo famoso de alquimistas à volta de René Schwaller de Lubicz: Henry Coton Alvart, Jean-Julien Champagne, Celli e ainda outros. Pierre Dujols foi mestre de Coton e amigo de Champagne. Foi, como já dissemos, depois da morte de Pierre Dujols, que Jean-Julien Champagne se apoderou dos seus manuscritos sobre alquimia e corta relações com a esposa de Dujols.
Jean-Julien Champagne entrega os manuscritos das "
Les Demeures Philosophales" ao seu discípulo Eugène Canseliet para os publicar sob o pseudónimo de Fulcanelli, sem lhe dizer que eles eram provenientes de Pierre Dujols. Eugène Canseliet chamou sempre a Champagne de "meu Mestre". Resumindo: Jean-Julien Champagne fazia-se passar por Fulcanelli aos olhos de Canseliet e de Boucher mas foi sempre Pierre Dujols que estava por detrás de tudo.
Nos Fulcanelli há escritos de Schwaller, Coton, Champagne e muito mais de Pierre Dujols, porque ele era, sem dúvida, o Mestre principal de todo o grupo Schwaller. Foi uma "cabala" bem urdida com vista a fazer passar Jean-Julien Champagne por Fulcanelli.
Tudo isto foi confirmado pela autora do livro "Fulcanelli Devoillé" Me. Geneviève Dubois.



As Mansões Filosofais.


Não há dúvida de que este livro (na edição francesa são dois volumes) é o mais conhecido e o mais apreciado dos estudantes de alquimia de todo o mundo. Contém os segredos da Grande Obra.
Moradas Filosofais: ":“A Alquimia, remontando-se do concreto ao abstrato, do positivismo material ao espiritualismo puro, amplia o campo dos conhecimentos humanos, das possibilidades de ação e realização da União de Deus e da Natureza, da Criação e do Criador, da Ciência e da Religião. A Ciência Alquímica não se ensina. Cada um deve aprendê-la por si mesmo, não de maneira especulativa, senão com a ajuda de um trabalho perseverante, multiplicando os ensaios e as tentativas, de maneira que se submetam sempre as produções do pensamento ao controle da experiência.” Este insigne Mestre, em linguagem alegórica, na qual encontramos amplos e profundos conhecimentos da doutrina Gnóstica, mui ocultamente nos entrega o Grande Arcano: “O Alquimista deve unir-se a esta Virgem em corpo e alma, em Matrimônio Perfeito e indissolúvel a fim de recobrar com ela o Andrógino Primordial e o estado de Inocência” (Moradas Filosofais, pág. 22)."
“Na segunda janela, não deixa de suscitar curiosidade uma cabeça rubicunda e lunar, coroada por um falo; descobrimos nela a indicação expressiva dos Dois Princípios cuja conjunção engendra a Matéria Filosofal. Esse Hieroglífico do agente e do paciente, do Enxofre e do Mercúrio, do Sol e da Lua, pais filosóficos da Pedra, é suficientemente eloqüente para ministrarmos a explicação.” (Moradas Filosóficas, pág. 233).Revela os segredos das Catedrais Góticas, resumindo que toda a Verdade, a Filosofia, a Religião, está baseada na Primeira Pedra, sobre a qual repousa toda a estrutura do Templo e é este mesmo Arcano o que se encontra nas Pirâmides do Egito, Templos da Grécia, Catacumbas Romanas e Basílicas Bizantinas.
“Tudo quanto buscam os sábios está no Mercúrio (Energia Sexual) ou melhor, na Pedra (sexo); a natureza é função desse Vaso (órgãos sexuais), que tanto se comenta sem saber o que é capaz de produzir; sem esse mercúrio tomado de nossa Magnésia, nos assegura Filateo, é inútil ascender a lâmpada ou Forno dos Filósofos (o chacra Mulhadara). Qualquer profano que saiba manter o Fogo executará a Obra tão bem como um alquimista experiente; não requer perícia especial nem habilidade profissional, senão todo o conhecimento de um curioso Artifício que constitui o Secretum Secretorum, que não foi revelado; sem dúvida, os investigadores que com êxito remontaram os primeiros obstáculos e extraíram Água Viva da antiga Fonte, possuem a chave capaz de abrir as portas do laboratório hermético” (Moradas Filosofais, págs. 287, 299, 300, 302)."
 
posted by Ana Maiz at 12:28, |

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