Nostradamus - ( 1503-1566)

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
Michel de Nostredame ou Miquèl de Nostradama foi um apotecário e pretenso médico da Renascença que praticava a astrologia e a alquimia (como muitos dos médicos do século XVI).




Escritas em linguagem simbólica, as Profecias de Nostradamus escondem, em diversas quadras, a sabedoria esotérica preservada pelos iniciados na arte da alquimia.







Pouca gente sabe que o médico e astrólogo Michel de Notredame levava particularmente uma vida secreta regrada pela excelsa tradição dos alquimistas. Seguiu à risca todos os seus preceitos, exceto aquele que pede a preservação do anonimato em suas vidas. Mas desculpa-lhe o fato de ter sido um dos principais médicos a se envolver no combate à terrível peste negra que assolava a Europa, mais precisamente o sul da França, na primeira metade do século 16.




Na IV Centúria, quadras 28, 29, 30, 31 e 33, raro ponto do extenso livro em que as quadras alquímicas se acham assim concentradas, muito próximas. Outras mais se dispersam ao longo de toda a obra.




Detenhamo-nos na quadra 29, acima citada:


Le sol caché eclipse par Mercure,
Ne sera mis que pour le ciel seconde:
De Vulcan Hermes sera faicte pasture,
Sol sera veu pur, rutilant e blond.


(“O Sol estará eclipsado por Mercúrio,
Não estará posto senão em céu segundo:
De Vulcano Hermes será feito pastor [ou pasto],
Sol será visto puro, rutilante e dourado.”)


Genericamente falando, a simbologia alquímica nos leva à imagem do chumbo, metal denso e pesado, associado aos aspectos mais brutos de nosso psiquismo, sendo transformado em ouro pela ação parcimoniosa do alquimista. Ora et Labora (ou seja, “oração e trabalho”) é uma das principais máximas dos iniciados em seus mistérios. Daí vem o termo laboratório (labor, trabalho; oratório, lugar de orações), a designar para os alquimistas tanto o local de pesquisas e estudo da natureza, como também o sentido de suas buscas. Nessa temática, o elemento ouro, metal nobre e incorruptível, representa o ideal de perfeição almejado. Puro e reluzente, acha-se simbolicamente ligado a tudo aquilo que brilha dentro de nós. Representaria assim nossos melhores aspectos, ou mesmo a divindade, essencialmente presente em toda e qualquer parte do universo, inclusive em nosso mundo interior, onde se escondem em suas partes mais profundas outros inúmeros aspectos terríveis e grotescos que esperam por sua delapidação, isto é, pela transmutação capaz de lhes (nos) aprimorar o espírito.




Os alquimistas dedicavam-se, exclusivamente, à edificação da Opus Magna, ou “Grande Obra”, na linguagem esotérica. Isso nada mais significa do que a responsabilidade atribuída a cada um de edificar a própria vida, que deveria estar destinada ao aprimoramento pessoal. Daí ser fundamental a procura pela pedra filosofal, espécie de catalisador espiritual de todo o processo alquímico, capaz de acelerar a transmutação do chumbo em ouro.







A imagem da pedra filosofal, na verdade, está associada ao deus grego Hermes (Mercúrio para os romanos), personagem mitológico que se comporta como “mensageiro de Zeus”, a servir de elo entre nós, seres humanos, e a suprema divindade. A pedra viabilizaria, portanto, a descoberta do elemento áureo ou divino que trazemos em nosso âmago, cujo poder é o de nos transformar para algo melhor, sutil e valioso.







Na Biblioteca Nacional de Paris e na Biblioteca Méjanes de Aix-en-Provence estão guardadas 51 cartas, entre enviadas e recebidas, datadas entre 1557 e 1565, nas quais Nostradamus se declara alquimista, ainda que de modo reservado, somente entre seus pares, para não despertar maiores problemas do que os que já tivera com a Santa Inquisição.











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posted by Ana Maiz at 09:00, |

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